descrição
Não te prendam as regras
Sobe à árvore mais alta
Dança nu nas clareiras
Avança sobre rios imensos
Descobre margens alheias
Para que outras fogueiras te iluminem o caminho
Sintoniza o teu ritmo
Sem brilhantes ideias
Deixa-te guiar simplesmente
Profundo entendimento que não se reconhece no exterior
Há em ti quando falas muitas línguas e vidas passadas
Infinita extensão de linhas paralelas ou cruzadas
Muitas regras
Ainda que longa e constante a viagem deslocas-te no interior do círculo
Ou de qualquer forma geométrica à qual decidas obedecer
E te rodeia
Definindo limites supostamente ideais
Mas não
Começa com frequência a parecer que não
Quando sobre ti se abate o silêncio que parece abranger tudo
Entendes que não existe qualquer vedação
Além desse limite existem outros
Simultaneamente opostos e semelhantes
Nada te separa do que não consegues ver
Conceber
Sentir
Apenas a ilusão de que tens tudo sob controlo
Porque existem regras
Que deliberadamente reduzem o tempo e o espaço
De tal forma que deixará de existir espaço e tempo para as regras
Tudo terá de se transformar num qualquer momento
PS