descrição
Não, eu nunca fingi um verso porque os poemas também morrem de amores. Por isso quis ser poeta, escavar flores de papel e acordar o corpo, quis ainda ser silêncio e alvorada, raiz do sangue contra o medo, máquina de fazer nuvens e de agitar os ventos, tanto eu quis, tanto, que hoje sou apenas a mentira mais grosseira dos deuses, demasiado novo para morrer mas cansado demais para tudo querer outra vez...