descrição
seja esta a memória de mais uma arte que tem os dias contados não só na ria de aveiro, mas em todo o mundo.
o trabalho de recolha durou 7 horas a bordo da bateira, sem simulações, em pleno acto de pescar sem possibilidade de escolher o onde estar para ter as melhores condições de luz.
o espaço exíguo, a acção a decorrer,a máquina a disparar e a procurar, dentro dos limites do possível conjugar expressões, emoções e condições.
sim, há mais manipulação que o habitual. muito tempo de trabalho e de exploração. como se tivesse voltado à câmara escura e os dedos escorregassem entre papel e ampliador, redefinindo claros e escuros, melhorando contrastes.
foi uma aventura sob todos os aspectos.
sairá mais completa noutro local. a seu tempo será do conhecimento de todos os que gostam de fotografia.
obrigado a todos os que me acompanharam nesta viagem pelos últimos momentos da grande arte da ria de aveiro e obrigado ao ti manel viola, a quem cheguei por outro motivo.
acabaram-se os grandes barcos da ria, na sua actividade normal: os moliceiros, os mercantéis, as bateiras erveiras, ou bichanas de canelas, os matolas de mira.
o barco mais pequeno da ria, a caçadeira, já há anos que desapareceu e dificilmente se encontra.
é agora a vez de começarem a despedir-se os barcos de médio porte: as bateiras.
artes de pesca .... sei lá
aos moliceiros em aveiro cortaram-lhes os mastros e servem-nos amputados para consumo turístico.
assim vamos por aqui
(murtosa-torreira-algures no canal de ovar)