descrição
Todas as horas me são curtas para aprender o mundo, por isso não perco tempo e falo, falo de todas as coisas que fiz, falo sobretudo do tanto que não fiz, essas viagens com cheiro a almíscar e anis onde todas as sombras se afogam e a memória descansa no travo açucarado do sangue. Um dia hei de enganar o tempo, abrir a janela sobre o corpo e desistir de todos os amores em que me fez acreditar; que o mundo desabe por cima do peito e o olvido me ate a voz antes de pousar, de vez, sobre o tecido amarelado das feridas.