descrição
O poema abre-se sobre a voz: só a palavra te cabe nos lábios com que transpões as manhãs e todas as feridas abertas da frágil trincheira a que chamamos corpo. E na simplicidade das rotas és menina a correr pela praia, os pés mergulhados na areia e todo o mar guardado no olhar. Logo o poema cresce, faz-se mulher nos fios dos cabelos, lê-se nos mapas do rosto e rima na silhueta do olhar. E então percebo: há lugares que não nos pertencem; pertencemos-lhes.
O poema abre-se sobre a voz: só a palavra te cabe nos lábios com que transpões as manhãs e todas as feridas abertas da frágil trincheira a que chamamos corpo. E na simplicidade das rotas és menina a correr pela praia, os pés mergulhados na areia e todo o mar guardado no olhar. Logo o poema cresce, faz-se mulher nos fios dos cabelos, lê-se nos mapas do rosto e rima na silhueta do olhar. E então percebo: há lugares que não nos pertencem; pertencemos-lhes.