descrição
Há uma estrada por cima das muralhas amarelas que chama por mim. E eu podia ter olhado para cima, para a migração das aves, podia ter olhado para cima, ainda a tremer, por respirares tão longe, sim, podia ter olhado na embriaguez do sangue e da loucura, e se tivesse olhado talvez visse a chama e o dilúvio, ou mesmo tudo o que separa a saudade dos cacos que não soubemos recolher, e nesse então teria escrito com os sentidos o teu nome sonhado sobre a pele, sem treva, silêncio ou nada, apenas o teu nome e cada futuro que desejei em verso para ti.
Há uma estrada por cima das muralhas amarelas que chama por mim. E eu podia ter olhado para cima...