descrição
O relógio fazendo tiquetaque, salas pintadas de gente com os olhos colados aos monitores, dedos na boca, unhas pelo chão, ainda o relógio no seu tiquetaque, conversas tensas nos corredores como se todos estivessem calmos, são aprendizes de esperanças, vendedores de ilusões, são motores a jato, ignição eletrónica, unidades de controlo, chips, bytes, todos os filhos de um deus que tudo sabe, que tudo quer e tudo exige, enquanto o relógio inicia o seu tiquetaque final: 3... 2... 1... 0! E, num instante, tudo desaparece numa bola de fogo enquanto lá fora é inverno e as folhas das árvores sussurram que os olhos também anoitecem.