descrição
Para sopas e feitiços, assim servia esta panela de ferro...
\"CALDO VERDE
Teve origem no Minho. Mas foi adoptado por todas as regiões a receita foi escrita em verso.
Escritores e poetas referem-no: Camilo, Eça, Júlio Dinis, Ramalho Ortigão. Correia de Oliveira define-o: “ Que núpcias de sustento e de sabor”.Pessoa foi devoto desta simbiose de caldo de batata e couve-galega cegada bem fina, um subtil aroma a cebola e alho, com olhos de fino azeite desperto à superfície, e sua tora de chouriço na tigela fumegante, com a fatia de broa, afirmando-se como prato principal para os menos abastados. Sempre ali ao fogo da lareira, na panela de ferro pronto para a partilha.
“A cozinha preocupava o Fernando Pessoa: davam-lhe caldo verde em casa, mas em Durban não havia caldo verde, porque as couves não queriam nada com essa costa inóspita.” (Alfredo Margarido)
O poeta Arnaldo Ferreira descreve o caldo verde num poema que Amália cantou e imortalizou tornando-se no segundo Hino Nacional, “Uma Casa Portuguesa”...\"
fonte:http://www.cm-valenca.pt/portal/page/valenca/portal_municipal/Turismo/Gastron
omia/Gastronomia%20Tradicional/Caldo%20Verde.pdf
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Um caldeirão transbordando de feitiços:
ervas perfumadas
misturadas com amores postiços,
amuletos com sobras de esqueletos
e resquícios de abraços possíveis;
sobras de olhares cativos e indiferentes
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