descrição
todos os anos em julho o moliceiros vestem-se como se para uma festa.
o amor dos homens que em tempos andaram ao moliço na ria é mais forte que o que custa ter um moliceiro, ou fazê-lo de raiz, e tudo fazem para estarem presentes.
este ano, o vento norte estava muito forte, o que obrigou a que fossem utilizadas as velas mais pequenas, mesmo assim um pequeno moliceiro virou-se, mas depois de apoiado pelos bombeiros, voltou a navegar e, mesmo em último, fez questão de continuar na regata e acabá-la.
é este o retrato da regata e dos homens que a fazem: a paixão pela ria vence tudo.
éramos quatro numa lancha de fibra, bem acomodados, mas contra o norte, só mesmo escondidos, parecia que estávamos em mar alto. agitada a ria, obrigou-nos a acrobacias para fazer alguns registos, as máquinas eram bóias ao sabor das ondas.
obrigado salvador espanhol que fizeste tudo para que não nos molhássemos e ficaste encharcado até aos ossos. ficamos a dever-te uma aventura que sem ti era impossível.
bem hajas salvador
valeu a pena