descrição
Foto obtida numa quinta particular em Guimarães.
CORRE A ÁGUA CRISTALINA
Rogério Martins Simões
Corre a água cristalina.
Mata a sede é fresca e pura.
Vai à fonte a menina
Com espreitada formosura.
Traz num colo de rosa,
Duas roseiras atrevidas…
-Menina que corres à fonte
De onde vêm os teus risos?
-Vêm do cimo do monte,
Da brancura dos granizos!
Vai a água à fonte
Vai a fonte às rosas…
Cobiçadas por sorrisos…
Traz um sorriso atrevido
Um cântaro de mão na ternura.
Vem a sede à menina,
Mata a sede, fresca e pura,
Corre a água cristalina
Que se espraia na secura…
Alagada por sorrisos…
Com que corres à fonte
De onde vêm os teus risos
-Vêm do cimo do monte!
Tanta sede molha os seios…
Tanta sede desatina…
Vem a fonte…por seus meios,
Corre a água cristalina
Enche o cântaro é fresca… e pura
Não tem sede a formosura…
12/08/2005
Simões, Rogério, “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”,
(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014)