descrição
ahcravo (gorim)
** ponto de interrogação sentado no tempo**
nasci em setúbal, na avenida luísa tody, a 4 de dezembro de 1951, pelas 17 horas da tarde, depois de 29 horas de trabalho de parto. primeiro a cabeça, já vinha!, depois, mais adiante, é um rapaz! (ainda o sou), chamaram-me “antónio josé” e deram-me o apelido de família: “cravo”
57 anos depois continuo a dar trabalho.
descendo de gente da Murtosa, pescadores da ria de aveiro e do mar da torreira, é nessa teiga que as minhas raízes se alimentam. salgado sangue o meu.
pelo caminho ficaram muitas paixões e muitos trambolhões, dois filhos, uma neta e outra(o) a caminho: só emoções.
sou de lágrima fácil.
do salário mensal tiro o fundo de maneio para fazer aquilo que me dá gozo. não sou o único, muitos antes de mim o fizeram, muitos mais hão-de passar pelo mesmo, para que haja flores a nascer nas calçadas (desculpem a imodéstia).
desde muito cedo consumidor de literatura, depois de poesia. a escrita e a fotografia, porque sim. ouvir com os olhos e falar com as imagens, é uma aventura diária.
não são as imagens que interessam, é o que elas me obrigam a caminhar: pela arquitectura (as janelas), pela história da pesca de mar costeira (xávega), pela ria de aveiro (os moliceiros e as bateiras). enfim, andanças pelas palavras com a muleta das imagens.
isto sou