descrição
Talvez esse fluxo de imagens aleatórias que a memória insiste em reproduzir seja apenas um mapa de linhas intermitentes que te indicam o caminho do esquecimento
Talvez nunca tenhas chegado realmente a existir
E esse corpo sólido ou fogo que te consome se transforme em ar quando lhe tocas
Por não saberes onde acabas e começas
Talvez
Te suponhas a semente de um fruto acabado de conceber
Na imensa rede de conexões que determinam o sonho
Onde tudo faz sentido apenas porque acontece
Assim se renova a dúvida e se forma o círculo perfeito
Porque não pode ser medido
Deixas ao acaso conteúdos lineares do discurso
Para que se iniciem processos extraordinários
Contagiantes
Que nem as palavras ousam distorcer
PSY