descrição
A voz chama pela infância como chamando por mim, pela subida às árvores sem medo ou pelas gotas de sol que saciavam os segredos dos nossos passos. Demoro-me na voz e nas linhas que deixou na pele porque toda a velhice é chegar tarde e sem pressa... porquê correr, se todos os planetas se prendem à vida através do tempo?... E é nesta marcha sem urgência que a voz chama pelo meu nome, agora ponto de luz em explosão lenta, uma e outra vez, desde a ponta dos pés até ao teto das nuvens, à espera de que a matéria se dissolva e o voo da borboleta possa ser cantado.