descrição
Ei-la que chega, ligeira como os dias maiores, tem nome de flor que não aprendeu a escrever mas que o vento levanta no ar como às folhas de um livro de poemas esquecido nas mãos, tem passos subidos, ancas seguras e na pele, ah, na pele, tantos segredos que ensinou ao silêncio e aos rios que a percorrem por dentro, mas, ao chegar ao último degrau, detém a marcha, olha para trás e percebe que é na solidão das aves que nos morremos sempre mais depressa.