descrição
Há uma crença que cresce do lado de dentro da carne, respiração lenta a incendiar desejos e promessas, primeiro, apenas esquissos, depois, quase-palavras de certezas absolutas que nenhum deus ou altar alguma vez entenderia. E ainda assim, a crença cresce, entumece, faz-se maior e ferve, ferve em lume vivo nas mãos, ferve em crepitação no peito e toda a cabeça se incendeia num desejo desesperado de esquecimento, pois o que dói chega mais longe do que o sangue e tudo o mais que existe está fora do mundo.