descrição
Espiral, salto entornado, linhas em mergulho circular, espaço limpo, tempo desabitado, aqui e ali um fruto, talvez os dias inteiros, espiral, os olhos percorrem-na, primeiro aturdidos, sem saber onde pousar, depois, agarrados ao corrimão da viagem, hábeis, velozes, um piso após o outro, linha sobre linha, quase sem gravidade, músculos frementes, nervos em acentuação gráfica e a cabeça estremecida para lá do esqueleto do pensamento.
Na clareira final, um vulto, braços abertos, a espera acentuada e todo o sémen-sangue que ignora as veias, sem que ninguém dê por isso...
Capítulo final. Fim da viagem.
Texto republicado - 2019