descrição
Fim de tarde. Todos dormem fingindo ter sono. Ao longe, o silêncio é rasgado pelo gemido metálico de ferragens. Cada vez mais perto, os olhos incendiam a loucura numa vertigem de ferro, numa vertigem de aço, enquanto os carris escorrem fogo e seiva. E eu, figura de pasmo, entrego-me à luz que se aproxima camuflando todos os desejos íntimos na paisagem:
dang, Dang DAng DANg DANG DANG dANG, daNG, danG, dang…
para trás, apenas o hálito húmido do sexo, tantas vezes trespassado pela gula do Homem.