descrição
PN Torres del Paine, Patagónia, Chile
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Tenho lido diversos artigos, ouvido alguns podcasts e visto vários vídeos sobre fotografia e a forma como fotografamos, os motivos pelos quais fotografamos e os elementos fotográficos que metemos no frame.
No mesmo sentido a necessidade ou não de ter um projeto ou uma coleção de determinado assunto que para muitos é aqui que difere um fotógrafo de alguém que tem imagens soltas de lugares, isto é falando da fotografia de paisagem.
Para mim a fotografia que eu faço ou o meu processo fotográfico, baseia-se em querer fazer algo que me faça feliz e que me transporte para o local que visitei, que fotografei e sempre que olhe novamente para essa imagem me faça sentir tudo o que senti no dia em que a fiz, que me lembre do momento, do antes e do depois, no fundo da sua história.
Como não me considero fotógrafo e não pretendo viver profissionalmente deste ato, liberto-me de tudo isso e vou fazendo imagens soltas de lugares icónicos ou não mas que me encham a alma e me permitam voltar lá as vezes que eu quiser, bastando pegar no meu telemóvel ou abrir o meu site ou desfolhar algum dos livros que tenho em casa.
Percebo perfeitamente, admiro e até invejo de certa forma, aqueles que conseguem passar anos a fotografar determinado assunto criando o seu portfólio mas no final tudo se resume a fotografar e a fazer o que cada um quer e lhe dá prazer.
Verdade seja dita, que é mais fácil ver-se uma fotografia igual ou parecida às que eu faço do que a uma fotografia no meio de um bosque a uma árvore ou a uma onda a rebentar nas rochas de uma praia, mas por isso tento quase sempre enquadrar com elementos que sejam efémeros, fazer perspetivas menos usuais ou até utilizar técnicas mais difíceis para assim tentar fugir do banal.
Esta fotografia é um exemplo disto, devem existir centenas para não dizer milhares ou milhões de imagens similares, mas gostei tanto desta manhã que partilho convosco.
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Hugo Amendoeira
www.hugoso.pt
