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Pensas que já amaste, mas sabes que continuarás só.
Pensas na luz a aquecer o sumo espesso dos lábios mas sabes que a memória dos dias é apenas retrato sobre a mesinha de cabeceira… e continuas só.
É estranha a meteorologia do Amor, com pássaros que chegam e pássaros que partem no silêncio frio do fim do calor… E, tendo tu aprendido a linguagem do vento, procuras reinventar-te no fim da viagem: como eternizar o sol, as mãos e todo o verão?...
