descrição
Cicatrizei o tempo e a cada perdão roubado contrapus um verso cada vez mais sujo, cada vez mais imperfeito como os borrões de sangue que ousam escrever as ruas que habitaste. Hoje, o poema é de pedra, vaga reminiscência da fonte onde a cotovia bebia o suco das frutas de toda uma estação; hoje, o poema adormeceu mais cedo… e a morte deu dois passos para diante.