descrição
Passo a passo, num silêncio ferido, escavam a calçada com o ritmo dos dias. São três os espelhos masculinos na voz da claridade, três a fixar os alicerces da cidade, corpos de insónia a coreografar édens de pedra onde germina o rosto cansado das estações. Ainda assim, seguem, uns ao lado dos outros, em ritmo cadenciado, nas mãos o mecanismo de corda que descansa a boca e restaura a voz antes que a corrida extermine o sangue da veia, um dia. Quem o sabe? Todos o sabemos... eles também, por isso, passo a passo, um, dois, três, seguem e fogem das imagens onde se reconhecem, anavalhando um tempo em que sejam apenas assobio atirado para o interior do medo.