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Arquitetura/Alguns dedos da mão
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Alguns dedos da mão

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Arquitetura

2019-09-15 17:22:04
comentários (91) galardões descrição exif favorita de (119)
descrição
Amanhã vou bater-te à porta. Sei que perdeste os ouvidos e que a campainha não toca, mas vou lá, ainda assim. Uma a uma, recolhi as pistas que espalhaste pelo meu corpo e, ainda que anacronicamente, consigo entrar (a propósito, o sangue seca mais depressa em setembro e as cicatrizes são apenas flores que fazem jardim na pele. Aprendeste-o antes de mim, verdade?).
Apesar de tudo, vejo que não perdeste os olhos onde colhi frutos e verões ou os lábios que tornam todas as águas lentas. Mas sei que tens já pouco para dar, e eu com tanto a estourar na mão que dá, na mão que recebe... entendi, finalmente, em que balança se pesa o amor.
Depois de ti, sei que os beijos não abrem versos, que os lençóis são apenas cama onde o corpo se deita, ou que a terra mais feia do mundo pode ser mesmo isso, apenas a terra mais feia do mundo. Depois de ti, comecei a apertar as veias e o próximo poema será feio como eu, será sujo como eu, tão-somente uma imitação, como eu... mas sei também que, mesmo borratado de tinta, jamais o saberás ler sem alguns dos dedos da minha mão.
exif / informação técnica
Máquina: NIKON CORPORATION
Modelo: NIKON D750
Exposição: 1/80 sec
Exposição (EV+/-): -0.7 step
Abertura: f/2.8
ISO: 280
Dist.Focal: 24mm
Dist.Focal (35mm): 24 mm
Software: Adobe Photoshop CS6 (Windows)

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Alguns dedos da mão
Amanhã vou bater-te à porta. Sei que perdeste os ouvidos e que a campainha não toca, mas vou lá, ainda assim. Uma a uma, recolhi as pistas que espalhaste pelo meu corpo e, ainda que anacronicamente, consigo entrar (a propósito, o sangue seca mais depressa em setembro e as cicatrizes são apenas flores que fazem jardim na pele. Aprendeste-o antes de mim, verdade?).
Apesar de tudo, vejo que não perdeste os olhos onde colhi frutos e verões ou os lábios que tornam todas as águas lentas. Mas sei que tens já pouco para dar, e eu com tanto a estourar na mão que dá, na mão que recebe... entendi, finalmente, em que balança se pesa o amor.
Depois de ti, sei que os beijos não abrem versos, que os lençóis são apenas cama onde o corpo se deita, ou que a terra mais feia do mundo pode ser mesmo isso, apenas a terra mais feia do mundo. Depois de ti, comecei a apertar as veias e o próximo poema será feio como eu, será sujo como eu, tão-somente uma imitação, como eu... mas sei também que, mesmo borratado de tinta, jamais o saberás ler sem alguns dos dedos da minha mão.
Tag’s: estação,Alemanha,p/b,Munique
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Modelo: NIKON D750
Exposição: 1/80 sec
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Software: Adobe Photoshop CS6 (Windows)


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