descrição
Não, nenhum acaso me há de soprar infinitos ou depor flores mansas no regaço. Ela partiu com a chuva e o tempo nem deu por isso, fez-se silêncio e nada mais ousa, nada mais quer, nada mais indaga num silêncio granítico de pedras em redor do meu nome. Perdeu a voz e o norte é todos os seus caminhos que desconheço. Hoje, pernoito nos bolsos da respiração e consumo-me num aconchego de assobios. Ela partiu e eu, cara de pasmo, estendo os dedos ao pescoço da derradeira certeza: havendo ainda tanto do teu rosto dentro do meu olhar, já matei a espera nas retinas.